domingo, 11 de julho de 2010

É tempo de maré baixa

Sinto-me evasiva.cansada.não tenho grandes pretensões.olho uma vasta lista vazia de amigos, e sinto-me como a ponta de uma corda bamba.E pra que tanta gente se na verdade não há ninguém.quantas pessoas são necessárias para que se sinta completamente oco e...e quantas são necessárias para que se entenda que se quer ficar só? Com quantos medos se constroe o castelo dos sonhos até que os olhares equivocados o transformem em pedra? Com quantos medos se implode uma alma-pipa? E agora Deus, será que já posso ir morar na minha oca? Sinto falta do meu cavalo alado, os julgamentos cortaram-lhe as asas e ele anda tão triste, tão distante...Volta cavalo, volta! Nossas almas precisam uma da outra! Não sei ser sem cavalgar, fico presa nesse enorme cativeiro de mim, cavando poços com colheres de chá.

Com quantos paus se faz uma canoa furada?

4 comentários:

Paula (http://padu.arte.zip.net) disse...

Aguei Mafê...aiai, ai. vai ver meu cavalo alado está junto do seu, em algum campo vasto; vastidão...
que voltem. sim, voltem logo!
pra que a maré não molhe só os meus pés, mas banhe meu corpo todo.

Paula disse...

ah!

bonita:
bonito demais esse.

Paula disse...

Ontem mesmo disse para o Felipe: "estou tão cansada de ser eu!"
Esse seu texto é tão certo (apesar de triste), tão adequado...
Ai ai, Mafê...
Beijos muitos

Pedrinho disse...

as vezes é bom afundar um pouco, não existe lugar melhor pra estar consigo mesmo do que num lugar profundo...

gostei do texto! ^^ não consigo te imaginar "sendo" sem cavalgar!

ótima imagem!

abração

pedrinho