domingo, 15 de junho de 2008

Diário Ensandecido - relatos de um manicômio

Você chega e já tá indo. Tá sempre indo. As pessoas me dizem: Cheguei já. Nem queria estar aqui. Enclausurada. Queria andar lá fora. Lá fora onde? Sei lá! Lá fora ué!. O pé dói demais, demias, tadinho.Tantos abraços vazios...Porque existi-los então?Caralho...O que torna um palavrão, um palavrão? Os homens. No sentido de ser humano( mas nesse caso homens porque mulher nunca deu pitaco). Tudo, né?É...Queime sua mão para se senitr...para se sentir...em chamas!Há! Em chamas igual a: condição não-humana-natural-possível, portanto, condição de negação(de não ser naquele momento) do ser. Sendo assim, negação do homem. O que nos leva a crer que: palavrão falado por homem de mão em chamas não é palavrão. Pelo menos pra ele que, em estado de negação de si próprio não pode manter os mesmo valores que ele mesmo criou e pôs fogo em. Se os cachorros falassem ia ser igual. Porque quem na verdade sente é sempre o outro, que por sua vez tenta convencer o primeiro que, em determinado momento, passa também a crer, e, por sua vez, passa esse comportamento à diante. Entendeu? É assim que me sinto, como a criação de um palavrão. E tenho dito.


Não-lugar, algum dia, de mes algum de um ano não-bissexto.